10 de fevereiro de 2007

-1

de tudo o que era luz
guardo o mais doce segredo
e segregados em nossos medos
prisioneiros já não somos

leva daqui a tempestade que se anuncia
cinza-céu, já é tarde e amargo
a lucidez não mais funciona
quero a felicidade da minoria de um

a felicidade dos que arriscam
e o sorriso dos incompreendidos
o brilho dos que enxergam
e quero distância dos que em nada mais acreditam

(a cegueira também é isso, é viver num mundo onde se tenha acabado a esperança...)

Tiago Renato