31 de outubro de 2007

samba da sobra do sobrado

Nossa, não é mais do mesmo jeito
Não são mais as mesmas pessoas
Cadê aqueles outros sorrisos
Que vida digna de não ser vida

Não foi assim que eu sonhei
Não foi assim que você me ensinou
Não sei se é isso que Deus quer pra mim
Não sei se é esse Deus que eu quero para os outros

Cadê aqueles olhares
As mãos, e o mesmo cheiro
A tortura da sinceridade
E a fortuna da mentira

Não era assim, não foi assim, mas tem que ser assim
Uma grande orgia, similar ao que esta entre o céu e o inferno
Simbologia do cristão, amor do pagão
Triste de ser feliz sozinho num mundo cheio de ar

Alegria de escrever
Tristeza de ninguém entender
Coragem de ser um ser
Mistério do anoitecer

Sempre termina essa historia assim
Eu em você, dentro de mim
Incompreensão de mim, vocação de temer
Construções ao arvorecer
Sem justificar
sem ser
sem senti
sem sofrer

Marcos Vinicius de Moraes Terra
(30 de outubro de 2007, as 02.27 da madrugada)

27 de outubro de 2007

perto daqui

na próxima esquina
um novo horizonte
olhos vigilantes
meus passos não são mais meus
são seus

(assim você me mata)

Tiago Tobias
terça feira, 31 de julho de 2007
02:26

21 de outubro de 2007

ao som de qualquer mar

o mar ensina
insinua
e sob a lua
prometemos e esquecemos

mesmo depois de séculos
incrédulo ante o acaso
acontece que aconteceu
o sabor
do amor

um pequeno coração
mãos juntas
única alma
me mostre o céu
levante o véu
vamos nos casar

bússolas e sorte
lúcidas paixões
canhões se calam
era uma história
dois extremos que se tocaram
no inverno dos sentidos

Tiago Tobias
terça feira, 28 de agosto de 2007
18:57

20 de outubro de 2007

andarilho noturno

tanto caminho pelo mundo há
eles só aguardam um viajante que irá adotá-los
um corajoso quem sabe
um covarde não vai muito além não

a vida é isso mesmo
é beber-se a si mesmo sem ter sede
caminhante noturno
Quixote fora de moda
a inventar moinhos
a iluminar caminhos

Tiago Tobias
sábado, 20 de outubro de 2007
14:09

O amor que ninguém mais vê

amanhã de manhã
trarei flores
jasmim e hortelã
e até o cair da tarde
cairei ao seu lado
como pena
que pena
ela já não me ama mais

vem, é hora de acordar
mais uma vez, verão
eles vão enxergar além
assim espero
assim suspiro

tem um beijo me aguardando
e de pesadelos tão guardados
lentamente vou acordando
desesperadamente preciso dizer
que te amo
e clamo
ao céu que não me escuta
que tudo isso não seja assim tão absurdo
que tudo seja de certa forma
um pedaço da eternidade

Tiago Tobias
quarta feira, 19 de setembro de 2007
23:45

13 de outubro de 2007

da janela

minha neve, amo tuas sardas
esse teu abraço
que fortalece
e me alegra

teremos futuro
só peço que me espere
pois vamos nos casar
na primavera
ou
em qualquer estação
você é o sol
de todas
manhãs
e amanhã de manhã
acordarei ao seu lado
e agradeço a Deus
pela paz que me trazes
e saiba que da minha janela
és a mais bela paisagem

Tiago Tobias
sábado, 13 de outubro de 2007
14:57
Pessoal, andamos meio sem tempo para atualizar o nosso blog. Mil perdões. Bom, aqui quem digita é o Tiago. A partir de agora, todos os poemas de minha autoria serão assinados assim: Tiago Tobias. Optei por tirar o Renato, pois esse segundo nome me dá ares de ator de novela mexicana. Desde já, um abraço a todos os visitantes.